Migalhas
Das encruzilhadas inevitáveis
da vida na corda bamba,
vida que eu mesmo escolhi,
abraço a sutileza incômoda
dos restos a entupir o quarto,
fragmentos de beleza
largados a esmo,
como migalhas num pombal,
flores jogadas numa calçada pisada,
e abraço a memória
como se fosse um fio
tênue a amarrar a vida,
nego a eutanásia em silêncio
e sorrio feliz pela coragem
minha, de partir e chegar
em momentos que nunca escolhi.
Tenho este poema encadernado com outros que você enviou para mim, em mil novecentos e tanto... confesso que, de alguma maneira, identifico-me com ele, embora, algumas vezes, falte-me a coragem. Um beijo. Eloah
ResponderExcluirLindissimo Boi....Parabéns....
ResponderExcluir"e abraço a memória
como se fosse um fio
tênue a amarrar a vida,
nego a eutanásia em silêncio
e sorrio feliz pela coragem
minha, de partir e chegar
em momentos que nunca escolhi"
simplesmente: belissimo!